Ontem, dia 14 de Novembro, foi o Dia Mundial da Diabetes.
No seguimento desse dia, e vendo todos os dias muitos doentes com úlceras causadas pela Diabetes e a ignorância de muitas pessoas sobre o assunto que é de imensa importância, resolvi então falar aqui um pouco do assunto.
A diabetes é considerada a grande doença do século XXI. Tem um elevado peso nas despesas dos sistemas de saúde, e actualmente há cerca de 285 milhões de diabéticos, podendo chegar aos 435 milhões em 20 anos se não se adoptarem medidas de educação e prevenção.
Por ano, há mais 7 milhões de novos diabéticos, 4 milhões morrem por causa da diabetes e a cada 30 segundos um diabético sofre uma amputação. A cada 10 segundos uma pessoa fica diabética e já é a 4ª causa de morte no mundo.
Por tudo isso, a prevenção de úlceras em pés de diabéticos é de extrema importância, pois estas e as amputações são das complicações mais temidas, havendo um grande impacto a nível pessoal e social. As feridas no pé limitam gravemente a função, capacidade de trabalho e qualidade de vida do diabético, sendo as úlceras e amputações as principais causas e internamento destes pacientes.
2 a 5% dos diabéticos desenvolvem úlcera do pé e só dois terços cicatrizam. Cerca de 28% dos diabéticos que desenvolvem úlcera crónica sofrem amputação dos membros inferiores ou parte dele. A Diabetes Mellitus é responsável por 40 a 60% de todas as amputações não traumáticas.
Muitas vezes, mesmo que a úlcera seja curada, esta volta a recorrer.
A redução da incidência de ulceração e amputação em pacientes com diabetes é um dos principais objectivos. E um dos principais desafios na prevenção de úlceras é encontrar intervenções mais eficazes.
Os principais factores de risco identificados em diversos estudos são:
- neuropatia diabética (origina perda ou alteração de sensibilidade dos pés, causando dores, deformações, feridas, infecções que podem levar à amputação do membro, origina debilidade e atrofias musculares ou alteração do funcionamento dos órgãos internos)
- vasculopatia diabética (relacionada com a arterosclerose, sendo vista nas artérias, arteríolas e pré-capilares).
Por vezes o tabagismo, a duração da diabetes e o tratamento com insulina também são factores de risco. Úlcera ou amputação prévia.
O que fazer para prevenir então as úlceras?
1. Controlar a glicemia
A hiperglicemia, neuropatia periférica e ulceração estão associadas. O controlo glicémico ajuda a reduzir o risco de formação de úlceras, diminuindo também o risco de desenvolvimento de neuropatia periférica.
2. Tratar a Doença Arterial Periférica
A doença arterial periférica (DAP) contribui para o risco de amputação em pacientes diabéticos. Os factores de risco são da DAP são o tabagismo, a hipertensão, dislipidemia e a diabetes de longa duração. A insuficiência arterial por norma atrasa o encerramento da úlcera, nos pacientes diabéticos.
3. Tratar a Neuropatia Periférica
A neuropatia diabética (ND) é uma das principais causas de ulceração nos pés.
Os níveis de glicemia controlados reduzem a incidência da ND mas quando esta já existe, não parecem reverte-la. A cirurgia descompressiva é uma medida de melhoria da sensação de protecção e diminui o risco de formação de úlceras, mas não há nada que conclua que a cirurgia tem algum benefício na ND.
4. Analisar o pé em casa e anualmente no seu médico ou podologista
Os diabéticos devem realizar anualmente exame aos pés, que analise a presença de neuropatia periférica, formação de calos, onicomicose, deformidades estruturais, distúrbios circulatórios, feridas e uso de calçados adequados.
(Ver “Cuidados a ter com os pés” http://saude.sapo.pt/abc_saude/p/podologia/ver.html?id=1014517 )
5. Tratar a Distribuição Anormal da Pressão Plantar
Os parâmetros que são usados no prognóstico do risco de ulceração incluem a pressão de pico plantar, a pressão sob as cabeças dos metatarsos e a relação de pressão entre as regiões anterior e posterior do pé. Maiores valores de pressão são indicadores de ulceração.
6. Usar Calçado e Acessórios Especializados
Calçado especializado é usado para correcção da distribuição anormal da pressão da planta dos pés em diabéticos, para se reduzir o risco de ulceração.
Existem vários sites, alguns de Podologistas que estão bem explícitos quanto a este assunto e especialmente ao pé diabético, os cuidados a ter, etc.
Até Breve!!!
No seguimento desse dia, e vendo todos os dias muitos doentes com úlceras causadas pela Diabetes e a ignorância de muitas pessoas sobre o assunto que é de imensa importância, resolvi então falar aqui um pouco do assunto.
A diabetes é considerada a grande doença do século XXI. Tem um elevado peso nas despesas dos sistemas de saúde, e actualmente há cerca de 285 milhões de diabéticos, podendo chegar aos 435 milhões em 20 anos se não se adoptarem medidas de educação e prevenção.
Por ano, há mais 7 milhões de novos diabéticos, 4 milhões morrem por causa da diabetes e a cada 30 segundos um diabético sofre uma amputação. A cada 10 segundos uma pessoa fica diabética e já é a 4ª causa de morte no mundo.
Por tudo isso, a prevenção de úlceras em pés de diabéticos é de extrema importância, pois estas e as amputações são das complicações mais temidas, havendo um grande impacto a nível pessoal e social. As feridas no pé limitam gravemente a função, capacidade de trabalho e qualidade de vida do diabético, sendo as úlceras e amputações as principais causas e internamento destes pacientes.
2 a 5% dos diabéticos desenvolvem úlcera do pé e só dois terços cicatrizam. Cerca de 28% dos diabéticos que desenvolvem úlcera crónica sofrem amputação dos membros inferiores ou parte dele. A Diabetes Mellitus é responsável por 40 a 60% de todas as amputações não traumáticas.
Muitas vezes, mesmo que a úlcera seja curada, esta volta a recorrer.
A redução da incidência de ulceração e amputação em pacientes com diabetes é um dos principais objectivos. E um dos principais desafios na prevenção de úlceras é encontrar intervenções mais eficazes.
Os principais factores de risco identificados em diversos estudos são:
- neuropatia diabética (origina perda ou alteração de sensibilidade dos pés, causando dores, deformações, feridas, infecções que podem levar à amputação do membro, origina debilidade e atrofias musculares ou alteração do funcionamento dos órgãos internos)
- vasculopatia diabética (relacionada com a arterosclerose, sendo vista nas artérias, arteríolas e pré-capilares).
Por vezes o tabagismo, a duração da diabetes e o tratamento com insulina também são factores de risco. Úlcera ou amputação prévia.
O que fazer para prevenir então as úlceras?
1. Controlar a glicemia
A hiperglicemia, neuropatia periférica e ulceração estão associadas. O controlo glicémico ajuda a reduzir o risco de formação de úlceras, diminuindo também o risco de desenvolvimento de neuropatia periférica.
2. Tratar a Doença Arterial Periférica
A doença arterial periférica (DAP) contribui para o risco de amputação em pacientes diabéticos. Os factores de risco são da DAP são o tabagismo, a hipertensão, dislipidemia e a diabetes de longa duração. A insuficiência arterial por norma atrasa o encerramento da úlcera, nos pacientes diabéticos.
3. Tratar a Neuropatia Periférica
A neuropatia diabética (ND) é uma das principais causas de ulceração nos pés.
Os níveis de glicemia controlados reduzem a incidência da ND mas quando esta já existe, não parecem reverte-la. A cirurgia descompressiva é uma medida de melhoria da sensação de protecção e diminui o risco de formação de úlceras, mas não há nada que conclua que a cirurgia tem algum benefício na ND.
4. Analisar o pé em casa e anualmente no seu médico ou podologista
Os diabéticos devem realizar anualmente exame aos pés, que analise a presença de neuropatia periférica, formação de calos, onicomicose, deformidades estruturais, distúrbios circulatórios, feridas e uso de calçados adequados.
(Ver “Cuidados a ter com os pés” http://saude.sapo.pt/abc_saude/p/podologia/ver.html?id=1014517 )
5. Tratar a Distribuição Anormal da Pressão Plantar
Os parâmetros que são usados no prognóstico do risco de ulceração incluem a pressão de pico plantar, a pressão sob as cabeças dos metatarsos e a relação de pressão entre as regiões anterior e posterior do pé. Maiores valores de pressão são indicadores de ulceração.
6. Usar Calçado e Acessórios Especializados
Calçado especializado é usado para correcção da distribuição anormal da pressão da planta dos pés em diabéticos, para se reduzir o risco de ulceração.
Existem vários sites, alguns de Podologistas que estão bem explícitos quanto a este assunto e especialmente ao pé diabético, os cuidados a ter, etc.
Até Breve!!!
Muito Muito bom.
ResponderEliminarParabens.
bjs
Obrigada Enfermeiro!
ResponderEliminarBeijocas **